Home > Article > Backend Development > Solving the billion-line challenge in Go (from to s)
A while ago, a friend told me about a challenge that involved reading a file with 1 billion lines. I found the idea very interesting, but as it was exam week at college, I ended up leaving it to see later. Months later, I saw a video by Theo about the challenge and decided to take a closer look.
The objective of the One Billion Row Challenge is to calculate the minimum, maximum and average temperature of a list of cities - the detail is that there are 1 billion items in this list, where each item consists of the name of a city and a temperature, Each city can appear more than once. Finally, the program must display these values in alphabetical order by city name.
I thought it would be fun to try to solve the challenge, even if there wasn't a reward. Anyway, I wrote this text describing my process.
Whenever I need to solve a more complicated problem, my first goal is to make the program work. It may not be the fastest or cleanest code, but it is code that works.
Basically, I created the Location structure to represent each city in the list, containing the minimum and maximum temperature, the sum of temperatures and how many times the city appears in the list (these last two are necessary to calculate the average). I know there is a way to calculate the average directly, without having to store the number of temperatures and their sum. But as I mentioned earlier, the goal was to make the code work.
The data list is made up of the name of the city followed by the temperature, separated by a semicolon. For example:
Antananarivo;15.6 Iqaluit;-20.7 Dolisie;25.8 Kuopio;-6.8
The simplest way to read data is using Scan, which allows you to read one line at a time. With the line, you can divide it into two parts: the values before and after the semicolon. To obtain the temperature, you can use strconv.ParseFloat, which converts a string to a float. The complete code for the first implementation can be seen below:
package main import ( "bufio" "fmt" "math" "os" "sort" "strconv" "strings" ) type Location struct { min float64 max float64 sum float64 count int } func NewLocation() *Location { return &Location{ min: math.MaxInt16, max: math.MinInt16, sum: 0, count: 0, } } func (loc *Location) Add(temp float64) { if temp < loc.min { loc.min = temp } else if temp > loc.max { loc.max = temp } loc.sum += temp loc.count += 1 } var cpuprofile = flag.String("cpuprofile", "", "write cpu profile to file") func main() { flag.Parse() if *cpuprofile != "" { f, err := os.Create(*cpuprofile) if err != nil { log.Fatal(err) } pprof.StartCPUProfile(f) defer pprof.StopCPUProfile() } file, _ := os.Open("./measurements.txt") defer file.Close() m := map[string]*Location{} scanner := bufio.NewScanner(file) for scanner.Scan() { line := scanner.Text() name, tempStr, _ := strings.Cut(line, ";") temp, _ := strconv.ParseFloat(tempStr, 32) loc, ok := m[name] if !ok { loc = NewLocation() m[name] = loc } loc.Add(temp) } keys := make([]string, 0, len(m)) for k := range m { keys = append(keys, k) } sort.Strings(keys) for _, name := range keys { loc := m[name] mean := loc.sum / float64(loc.count) fmt.Printf("%s: %.1f/%.1f/%.1f\n", name, loc.min, mean, loc.max) } }
This simpler version took approximately 97 seconds to run.
Analyzing the execution profile, I realized that one of the biggest bottlenecks was the strconv.ParseFloat function. Basically, its total execution time was 23 seconds (approximately 23% of the total time).
The problem with this function is that it is generic, that is, it is made to work with any valid float. However, our data has a very specific temperature format. See the example below:
Antananarivo;15.6 Iqaluit;-20.7 Dolisie;5.8 Kuopio;-6.8
The temperature format is always the same: one or two digits before the dot and one digit after the dot, and may include a minus sign at the beginning. Thus, we can create a function that converts values in a specific way, optimizing the process without the need to perform all of ParseFloat's generic checks.
func bytesToTemp(b []byte) float64 { var v int16 var isNeg int16 = 1 for i := 0; i < len(b)-1; i++ { char := b[i] if char == '-' { isNeg = -1 } else if char == '.' { digit := int16(b[i+1] - '0') v = v*10 + digit } else { digit := int16(char - '0') v = v*10 + digit } } return float64(v*isNeg) / 10 }
To read the data in byte format instead of string, I changed the Scanner's return from string to bytes
line := scanner.Bytes() before, after, _ := bytes.Cut(line, []byte{';'}) name := string(before) temp := bytesToTemp(after)
These small changes dropped the execution time to 75 seconds.
The biggest advantage of using Scan is that the program does not need to load the entire file at once into memory. Instead, it lets you read line by line, trading performance for memory.
It is important to note that there is a compromise between reading one line at a time and loading 14 GB of data at once. This middle ground is reading chunks, which are pieces of memory. This way, instead of reading the entire file at once, we can read blocks of 128 MB.
buf := make([]byte, chunkSize) reader := bufio.NewReader(file) var leftData []byte for { n, err := reader.Read(buf) if err != nil { if err == io.EOF { break } panic(err) } chunk := append(leftData, buf[:n]...) lastIndex := bytes.LastIndex(chunk, []byte{'\n'}) leftData = chunk[lastIndex+1:] lines := bytes.Split(chunk[:lastIndex], []byte{'\n'}) for _, line := range lines { before, after, _ := bytes.Cut(line, []byte{';'}) name := string(before) temp := bytesToTemp(after) loc, ok := m[name] if !ok { loc = NewLocation() m[name] = loc } loc.Add(temp) } }
As a result, the execution time dropped to 70 seconds. Better than before, but there is still room for improvement.
It is a fact that the entire challenge revolves around numbers with decimal places. However, dealing with floating points is always a big challenge (see IEEE-754). In that case, why not use integers to represent temperature?
type Location struct { min int16 max int16 sum int32 count int32 }
As previously defined, a temperature is always represented by up to three digits. Therefore, removing the comma, the values can vary between -999 and 999, so int16 is enough to represent them. For summing and counting, int32 is more than enough, as this type can range between -2147483648 and 2147483647.
Dado que agora esperamos um valor inteiro de 16 bits para a temperatura, precisamos modificar a função bytesToTemp. Para isso, mudamos o retorno para int16 e removemos a divisão no final. Assim, a função vai sempre vai retornar um número inteiro.
func bytesToTemp(b []byte) int16 { var v int16 var isNeg int16 = 1 for i := 0; i < len(b)-1; i++ { char := b[i] if char == '-' { isNeg = -1 } else if char == '.' { digit := int16(b[i+1] - '0') v = v*10 + digit } else { digit := int16(char - '0') v = v*10 + digit } } return v * isNeg }
Para finalizar, modifiquei a função Add para aceitar os valores inteiros e ajustei o print para dividir os valores antes de mostrá-los na tela. Com isso, o tempo caiu três segundos, indo para 60 segundos. Não é muito, mas uma vitória é uma vitória.
Novamente analisando o profile, vi que tinha uma certa função chamada slicebytetostring que custava 13,5 segundos de tempo de execução. Analisando, descobri que essa função é a responsável por converter um conjunto de bytes em uma string (o próprio nome da função deixa claro isso). No caso, essa é a função chamada internamente quando se usa a função string(bytes).
Em Go, assim como na maioria das linguagens, strings são imutáveis, o que significa que não podem ser modificadas após serem criadas (normalmente, quando se faz isso, uma nova string é criada). Por outro lado, listas são mutáveis. Ou seja, quando se faz uma conversão de uma lista de bytes para string, é preciso criar uma cópia da lista para garantir que a string não mude se a lista mudar.
Para evitar o custo adicional de alocação de memória nessas conversões, podemos utilizar a biblioteca unsafe para realizar a conversão de bytes para string (Nota: ela é chamada de unsafe por um motivo).
name := unsafe.String(unsafe.SliceData(before), len(before))
Diferente do caso anterior, a função acima reutiliza os bytes passados para gerar a string. O problema disso é que, se a lista original mudar, a string resultante também será afetada. Embora possamos garantir que isso não ocorrerá neste contexto específico, em aplicações maiores e mais complexas, o uso de unsafe pode se tornar bem inseguro.
Com essa mudança, reduzimos o tempo de execução para 51 segundos. Nada mal.
Lembra que eu mencionei que as temperaturas sempre tinham formatos específicos? Então, segundo o profile da execução, que separa a linha em duas partes (nome da cidade e temperatura), custa 5.38 segundos para rodar. E refizermos ela na mão?
Para separar os dois valores, precisamos encontrar onde está o ";". Como a gente já sabe, os valores da temperatura podem ter entre três e cinco caracteres. Assim, precisamos verificar se o caractere anterior aos dígitos é um ";". Simples, não?
idx := 0 if line[len(line)-4] == ';' { idx = len(line) - 4 } else if line[len(line)-5] == ';' { idx = len(line) - 5 } else { idx = len(line) - 6 } before := line[:idx] after := line[idx+1:]
Com isso, o tempo de execução foi para 46 segundos, cerca de 5 segundos a menos que antes (quem diria, não é?).
Todo esse tempo, nosso objetivo foi tornar o código o mais rápido possível em um núcleo. Mudando coisas aqui e ali, diminuímos o tempo de 97 segundos para 46 segundos. Claro, ainda daria para melhorar o tempo sem ter que lidar com paralelismo, mas a vida é curta demais para se preocupar com isso, não é?
Para poder rodar o código em vários núcleos, decidi usar a estrutura de canais nativa do Go. Além disso, também criei um grupo de espera que vai indicar quando o processamento dos dados terminaram.
Vale destacar que workers, nesse caso, é uma constante que define quantas goroutines serão criadas para processar os dados. No meu caso, são 12, visto que eu tenho um processador com 6 núcleos e 12 threads.
chunkChan := make(chan []byte, workers) var wg sync.WaitGroup wg.Add(workers)
O próximo passo foi criar as goroutines que serão responsável por receber os dados do canal e processá-los. A lógica de processamento dos dados é semelhante ao modelo single thread.
for i := 0; i < workers; i++ { go func() { for chunk := range chunkChan { lines := bytes.Split(chunk, []byte{'\n'}) for _, line := range lines { before, after := parseLine(line) name := unsafe.String(unsafe.SliceData(before), len(before)) temp := bytesToTemp(after) loc, ok := m[name] if !ok { loc = NewLocation() m[name] = loc } loc.Add(temp) } } wg.Done() }() }
Por fim, o código responsável por ler os dados do disco e enviá-los ao canal:
for { n, err := reader.Read(buf) if err != nil { if err == io.EOF { break } panic(err) } chunk := append(leftData, buf[:n]...) lastIndex := bytes.LastIndex(chunk, []byte{'\n'}) leftData = chunk[lastIndex+1:] chunkChan <- chunk[:lastIndex] } close(chunkChan) wg.Wait()
Vale ressaltar que os mapas em Go não são thread-safe. Isso significa que acessar ou alterar dados no mesmo mapa de forma concorrente pode levar a problemas de consistência ou erros. Embora não tenha observado problemas durante meus testes, vale a pena tratar esse problema.
Uma das maneiras de resolver esse problema seria criar um mecanismo de trava para o mapa, permitindo que somente uma goroutine consiga utilizá-lo por vez. Isso, claro, poderia tornar a execução um pouco mais lenta.
A segunda alternativa consiste em criar um mapa para cada uma das goroutines, de modo que não vai existir concorrência entre elas. Por fim, os mapas são colocados em um novo canal e os valores do mapa principal calculados a partir deles. Essa solução ainda vai ter um custo, mas vai ser menor que a anterior.
close(chunkChan) go func() { wg.Wait() close(mapChan) }() keys := make([]string, 0, 825) m := map[string]*Location{} for lm := range mapChan { for lk, lLoc := range lm { loc, ok := m[lk] if !ok { keys = append(keys, lk) m[lk] = lLoc continue } if lLoc.min < loc.min { loc.min = lLoc.min } if lLoc.max > loc.max { loc.max = lLoc.max } loc.sum += lLoc.sum loc.count += lLoc.count } }
Além disso, como o processamento passou a ser distribuído entre diferentes núcleos, diminui o tamanho do chunk de 128 MB para 2 MB. Cheguei nesse número testando vários valores, tendo entre 1 MB e 5 MB os melhores resultando. Na média, 2 MB obteve o melhor desempenho.
Enfim, o nosso tempo de processamento caiu de 46 segundos para... 12 segundos.
Todas as vezes que eu analisava o profile, a função bytes.Split chamava a minha atenção. O tempo de execução dela era de 16 segundos (tempo total, considerando todas as goroutines), o que parece justo, visto que ela é responsável por quebrar um chunk em linhas. No entanto, parecia um trabalho dobrado, dado que ela primeiro quebra as linhas para, em seguida, as linhas serem lidas uma a uma. Por que não fazer ambos ao mesmo tempo?
Minha abordagem foi percorrer o chunk e verificar se o byte atual correspondia a um \n. Dessa forma, consegui percorrer todas as linhas ao mesmo tempo em que as quebrava, processando em seguida.
start := 0 start := 0 for end, b := range chunk { if b != '\n' { continue } before, after := parseLine(chunk[start:end]) // ... start = end + 1 }
Com essa simples mudança, o tempo de execução caiu para aproximadamente 9 segundos.
Executed in 8.45 secs fish external usr time 58.47 secs 152.00 micros 58.47 secs sys time 4.52 secs 136.00 micros 4.52 secs
Atualmente, o maior gargalo da aplicação é o mapa. Somando todas as operações de leitura e escrita, são 32 segundos (de longe, o tempo mais alto). Talvez criar um algoritmo de hash mais eficiente resolva? Fica como ideia para o futuro.
No mais, conseguimos diminuir o tempo de 1 minuto e 40 segundos para quase 8 segundos, sem usar qualquer biblioteca externa. Além disso, tentando fazer a aplicação ficar cada vez mais rápida, me fez aprender muita coisa.
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